Rafael Vigna Editado em 30/04/2019
A Justiça Federal de Uruguaiana recebeu, na terça-feira, dia 23, o inquérito contra o deputado federal Paulo Pimenta (PT). O parlamentar é investigado por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro em um esquema que lesou produtores rurais de São Borja, em pelo menos R$ 12 milhões.
A operação foi denunciada em janeiro pelo médico veterinário Antônio Mário Pimenta, que é primo do deputado, e concedeu entrevista ao repórter Giovani Grizotti, da RBS TV, em que expôs a operação na cidade.
A decisão de enviar o processo para o Rio Grande do Sul foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que negou o recurso apresentado pelo Deputado com o objetivo de manter a investigação na Suprema Corte em Brasília.
De acordo com a reportagem do Site G1, assinada por Giovani Grizotti, Paulo Pimenta espera que o inquérito seja arquivado. Segundo ele não existem elementos que o envolvam nos fatos investigados após quase 10 anos. Além disso, vai tomar providências legais contra as pessoas que o envolveram nisso.
Ainda de acordo com a reportagem, o inquérito contra o líder do PT na Câmara foi enviado para o primeiro grau devido ao entendimento do STF de que deputados não têm foro privilegiado quando investigados por crimes cometidos fora do mandato. O processo está no Supremo Tribunal Federal desde 2012.
No parecer, a Procuradoria Geral da República afirma existir "indícios que apontam para o deputado federal como o verdadeiro proprietário da arrozeira, ou, ao menos, como quem mantinha com a citada empresa algum grau de vinculação que o faça também responsável pelas fraudes noticiadas".
A assessoria da Justiça Federal de Uruguaiana informou que, após digitalizado, o inquérito será remetido ao Ministério Público Federal, que pode decidir por arquivar, oferecer denúncia ou solicitar novas diligências.
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